Como temos um
trabalho que exige de nós que, quase sempre estejamos fora de casa e de nossa
cidade, nem sempre é aquela alegria ou temos aquela importância que, quem está
de fora, pensa.
Para muitos
de nossos amigos e parentes, quem viaja freqüentemente a trabalho é sinônimo de
status ou como dizem por aqui, é chique. Tenho que concordar um pouco com eles,
pois foi viajando a trabalho que conheci muitos lugares que algum dia fosse imaginar
estar como: o Glaciar Perito Moreno, o Aconcágua, a sala de operações da Nasa,
andar na maior escada rolante do mundo, ver as pirâmides de Teotihuacan, a
estatua de Rocky Balboa, a Casa Rosada, apertar a mão do Nestor Kirchner (na
época o presidente da Argentina), Cataratas do Iguaçu, Pão de Açúcar e Cristo
Redentor, ver pela primeira vez um urso panda (Cidade do México). Da culinária,
ter a oportunidade de provar a famosa bandeja Paisa (Medellín), chapa de peixe
com açaí (Belém), Parillada (Argentina), Alfajor (Argentina), quesadilla e panecook
(Bogotá), King Crab(Augusta), Coldstone Cremeary (Houston), pomba cozida na
manteiga (Medianeira), bolo de rolo (Recife), hambúrguer de avestruz (Gramado),
entre tantos outros pratos.
Se ler até
aqui, você vai pensar que o sonho da sua vida agora é viajar a trabalho, mas
como diz o título deste post, nem tudo é um mar de rosas. São semanas e semanas
fora de casa, longe da família e amigos, perdendo feriados e datas importantes,
longas horas de vôo, vôos atrasados ou até
cancelados, onde você conseguir voltar para casa no dia seguinte, fins de
semana curtos, quando tem que viajar no
domingo, hotéis que as vezes não são tão limpos e confortáveis. Com essa rotina
de se viajar toda a semana, você não consegue se matricular e freqüentar
regularmente uma academia ou em um curso de inglês, ou até mesmo continuar seus
estudos, ir a um aniversário na quinta-feira, reconhecer firma de um documento
no cartório ou até ir ao médico. Também fica difícil almoçar com os
companheiros de trabalho, levar a noiva para jantar e esticar um cineminha de quarta-feira
e assim por diante.
Como nossa vida não pára porque
estamos viajando, nosso fim de semana fica sobrecarregado para tantos
compromissos como lavar o carro, cortar o cabelo, encontrar a família e amigos.
Sempre alguma coisa ficará para o próximo fim de semana.
Como tudo nessa vida, há sempre a parte
boa e a parte não tão boa, onde essa exige um pouco mais de força de vontade, paciência
e persistência, mas a parte boa é realmente excelente, tanto que o objetivo
deste blog é compartilhar essas experiências que vivo semanalmente nas minhas
viagens a trabalho, que em sua maioria são muito boas.
Então que venham novas viagens para viver
cada vez mais experiências marcantes, como as que eu tive até agora. A parte
não tão boa serve para valorizarmos cada vez mais os momentos bons.